Dona Leomar V. Araújo comprou em 1950, um terreno quando Otávio Ribeiro fez o loteamento da 1ª Gleba da Vila São Jorge. Ali construiu sua pequena casa. Nos primeiros dois anos não havia nem luz nem água.
A luz era de lamparina e a água proveniente da fonte da capela ou “monumento como era conhecida pelos moradores”.
Contou ela que as senhoras, quando se reuniam na fonte para lavar roupas, tinham interesse em saber a origem daquela edificação tão bonita, que estava abandonada. “Algumas tinham ouvido falar que foram os operários do engenho que construíram a capela, outras diziam que foram os escravos. Dona Adelaide, que morava ali antes de todas, dizia que no altar dentro da capela, tinha uma imagem de São Jorge, em ouro, que desapareceu tempo depois. Também dizia que os escravos ficavam presos ali perto”.
Dona Leomar também conta que uma de suas amigas, já idosa, naquela época, afirmava que a fonte e a capela já existiam quando ela era criança e muitas pessoas costumavam ir ao lugar para rezar. Para dona Leomar, há muitas coincidências envolvendo o nome São Jorge, o engenho, a capela e o loteamento.
Contudo, a construção parece ser do século 19 e teria sido uma capela dos escravos, do antigo sítio de São Jorge na área remanescente do canavial do Engenho dos Erasmos.
A família Lordelo disse que a construção teria sido feita por Octávio Ribeiro, quando loteou a Vila São Jorge, na década de 40 – cuja afirmativa pode não ser procedente. A prefeitura poderia expropriar o terreno ao redor do monumento, construindo uma praça que poderia vir a ser muito visitada.
Fonte: Boletim IHGSV