A Praça Coronel Lopes, situada no centro de São Vicente, foi criada em 1897. Em 1914, a City Santos Improvements, concessionária do serviço de bondes elétricos, água, luz e gás de Santos e São Vicente, assumiu a urbanização do local, transformando-o em um belíssimo jardim, com bancos, coreto e gradil de madeira. Todos os finais de semana ali se apresentavam bandas musicais. Era a mais linda praça da cidade e assim permaneceu até 1945, quando voltou à municipalidade, que retirou os gradis e demoliu o velho coreto.
Em 1951, a parte central da praça foi cedida ao governo federal para a construção do prédio da agência do Correio e Telégrafo. Ali o governo prometeu erguer um belo edifício, mas na verdade, construiu um monstrengo, que permanece ainda no local. Cogitou-se uma nova sede para EBCT na Praça Bernardino de Campos, na expectativa de que esse logradouro fosse valorizado pelo prédio público. Dificilmente a praça poderá ser restaurada de acordo com a sua antiga beleza tendo em vista as modificações sofridas.
Fonte: Boletim IHGSV
Em 1950, a agência postal telegráfica funcionava num prédio alugado, na Rua 15 de Novembro, em precaríssimas condições. O DCT – Departamento de Correios e Telégrafos dispunha de uma verba para a construção de uma nova agência em São Vicente desde que a Prefeitura doasse uma área. Vários terrenos foram oferecidos, inclusive na Rua Martim Afonso e Avenida Capitão-Mor Aguiar, mas o DCT recusou todos.
Aproximava-se o fim do ano e a verba federal tinha de ser destinada até 31 de dezembro. Ante a preocupação pelo risco de perda da agência posta, a Câmara concluiu por indicar o uso da Praça Rui Barbosa (hoje, Praça da Bandeira). Os engenheiros diziam que o imóvel seria majestoso e bonito.
Na época, o prefeito José Monteiro entendeu que a área indicada seria pequena. Desconsiderou a indicação da Câmara e enviou projeto autorizando a doação da área central da Praça Cel. Lopes. Como não havia mais tempo para outros estudos, o Legislativo aprovou o projeto, sob ameaça de fechamento da agência vicentina.
Fonte: Boletim IHGSV
