Rede Corporativa
São Vicente / SP , 14 de março de 2025.
Quanto mais pessoas divulgarem, outras salvarem e também divulgarem, mais as imagens e acontecimentos históricos serão preservados. Aqui, minha contribuição e das fontes colaboradoras para que isso aconteça. – Jorge S. Filho
0
1
2
3
4
5
6
7
14/01/2017
Presente
DE 70 ATÉ O PRESENTE
Na década de 70, época do milagre brasileiro do Delfim Netto, a ordem era industrialização a todo custo e aqui na região, se deu em Cubatão. Posteriormente com a construção da Rodovia dos Imigrantes que também trouxe para a região uma multidão de trabalhadores oriundos na maioria do norte e nordeste do país em busca de melhores dias, juntou-se à população já existente desde as construções da Refinaria e Cosipa.
Na falta de moradias foram surgindo as favelas implementadas por esses trabalhadores visto precisarem estar instalados em algum lugar. Foram ocupando na parte insular, as áreas de mangue. Instalados, foram gerando descendentes e com o tempo o perfil da população foi se reciclando, antes de portugueses, italianos, espanhóis na maioria e até de alemães, ou seja, do tipo europeu e também de orientais, para o tipo nordestino.
Em continuidade, surgiu a ocupação da área continental, vasta e inicialmente isolada.
A cidade, na área insular, por muitas décadas teve o comércio completamente estagnado e a inauguração da ponte  "A Tribuna" ligando a ilha ao continente foi fator preponderante para o desenvolvimento do centro comercial pois a fácil locomoção do pessoal através das vans do transporte municipal passando a ter linhas até então não existentes permitiu essa mudança. Com o aumento populacional e o incremento do comércio na mesma proporção, fez com que em São Vicente, todo sábado seja tipo véspera de Natal de acordo com o movimento que tem.
Somente dois prefeitos alteraram significativamente São Vicente no aspecto urbano; o José Monteiro em meados e Márcio França no final do século passado.
De ruim, a população que migrou trazendo em suas bagagens, somente a necessidade de vida melhor e riquezas para investimentos, nenhuma, sem que a cidade tivesse estrutura adequada para suportar isso, pois são necessários escolas, postos de saúde, empregos e demais itens de infraestrutura, tanto é que, por exemplo, passamos a pagar uma taxa chamada IP-CIP introduzida na gestão do Prefeito Márcio França, para iluminação pública em locais onde a iluminação não existia pelos locais onde iluminação já existia há décadas a fim de custear essa sobrecarga de consumo nova, em expansão.
Agora no final do século XX e início do XXI, algumas mudanças na legislação incentivaram as construções de espigões sem ser levado em conta que as galerias de esgoto e ruas são subdimensionadas, e também a geração do maior consumo de água, mais lixo, esgoto, mais carro, trânsito, etc. em prejuízo do meio ambiente e qualidade de vida geral.
Os antigos rios que desaguam no mar de São Vicente tem de tudo além de esgoto e parece ser algo que nunca contará com o bom senso da população que ignora completamente esse tipo problema.
Na procura de vida melhor já citada, pelos que migraram para cá então, tendo havido a ocupação desordenada dos espaços sem a infraestrutura adequada, mesmo que houvesse verbas para tal, dificultou implementar essa infraestrutura. Reverter isso é algo de longíquo prazo ou nunca dependendo do local.
Eu aqui, JSF, quem escreve, por uns anos vivi tirando fotos de porta em porta e em colégios das periferias e área continental de São Vicente. Quando eram de colégios, pouco antes das férias escolares de julho por exemplo, na tentativa de entregá-las em seguida nos endereços anotados, dificilmente alguém era encontrado em casa pois a mães com os filhos tinham viajado para o norte ou nordeste (não faltava dinheiro para isso), em visita à família e uma vizinha ia logo dando o recado: "Alguém em casa, só quando o marido vier à tardinha do trabalho lá do cais".
Todas as casas tinham seus cachorros e o detalhe: Quando a dona estava em casa, os cachorros eram verdadeiras feras querendo provar merecer a comida que comiam, mas, quando os moradores estavam ausentes, eram totalmente humildes com os rabos entre as pernas permitindo a aproximação do estranho que se apresentava, na esperança de que este trouxesse algo que lhe proporcionasse forrar o estômado.
A dona de casa que havia viajado com as crianças, quando voltava, trazia a tiracolo, uma prima, cunhada ou irmã em mudança para cá. Se não havia espaço na moradia que já era construída no mangue, eram aproveitados os sofás e outros trecos trazidos pelas marés e com isso fazia-se um puxadinho para o(s) novo(s) moradores(as).Logo após a volta era aterrada e a moradia já passava a ser em alvenaria. Quem veio, se menina,, logo conseguia um meio de vida como panfleteira, depois de garçonete em uma lanchonete e o sonho já era realizado quando conseguia um supletivo. O problema a mais delas na chegada,  a inexperiência na cidade com o risco constante de gravidez nada difícil de acontecer aumentando mais ainda a família em hora errada. Se conseguiam ficar traquinadas, passavam essa fase e progrediam na vida nova.

JSF

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 


POLÍTICA ERRADA, RESTANDO AO MP DO MEIO AMBIENTE, ENXUGAR GELO.
Quem migra para cá procurando dias melhores com certeza gostaria de estar com seu empregos e vidas junto de suas famílias em seus locais de origem, portanto, políticos deveriam se ilustrar com que aconteceu em Israel.
O governo do estado agora, por exemplo, quer fazer um atalho para puxar água do Rio Itapanhaú, ou seja, quando a cidade de  São Paulo tinha 1.000.000 de habitantes, a água era mais que suficiente. Com 10.000.000 de habitantes, começou a faltar em locais distantes e agora, acima de 10.000.000 de habitantes, (não se sabendo onde vamos parar em tamanho da população), a água com certeza não dará, ou seja, com o aumento cada vez maior da população,  água doce vai acabar.
Temos exemplo bem perto aqui, com a habitação do litoral sul: Protestos para não construção de usina termoelétrica na cidade de Peruíbe. Então foi assim: antigamente os recursos naturais eram suficientes; com o aumento assombroso da população (agora no litoral), já não são, então, (não que devamos defender as tais termoelétricas), mas é que os recursos existentes são esgotados por esse aumento de população e aí, como fica o abastecimento ?. Por consequência, praia própria onde existe cidade ao redor, utopia !
Ainda,
São construídas moradias populares e famílias distribuídas nestas  regiões, mas, e os empregos nesses locais ?  Não existindo, então, os meios  para sobrevivência quais serão ?


Israel e sua agricultura que floresce no deserto
http://www.recicloteca.org.br/noticias/israel-e-sua-agricultura-que-floresce-no-deserto/


- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 


NA COLONIZAÇÃO E DÉCADAS POSTERIORES:

Hernani Donato em fragmentos de sua palestra proferida em 18/8/98 transcrito do Boletim da Academia Paulista de História.

Um trecho:
No diário de bordo da nave capitânia de Martim Afonso, ficou registrado: “trazia comigo alemães, italianos, espanhóis e gente que foi à Índia". Havia sempre gregos, até franceses, alguns irlandeses nos barcos lusitanos. Podemos conceber que em São Vicente, tenha baixado e permanecido  gente de várias nacionalidades, formando esse substrato de cultura do qual nos orgulhamos presentemente ao saber por relato da Cúria Metropolitana de São Paulo, que a cidade agasalha representações de mais de cem nacionalidades, todas vivendo em clima de harmonia e com participante brasilidade.
Bem, o resumo é que, desde os primeiros momentos, a formação do povo paulista, ali em São Vicente, deixou raízes e alicerces para a mentalidade e o povo de que somos parte.



http://www.saovicentealternativa.com.br/publico/noticia.php?codigo=233


 




Atalhos da página

FONTES COLABORADORAS

Rede Corporativa e-Solution Backsite