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São Vicente / SP , 14 de março de 2025.
Quanto mais pessoas divulgarem, outras salvarem e também divulgarem, mais as imagens e acontecimentos históricos serão preservados. Aqui, minha contribuição e das fontes colaboradoras para que isso aconteça. – Jorge S. Filho
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25/12/2016
História de São Vicente
TIBIRIÇÁ
Cacique guaianá ou tupi foi convertido e batizado por Anchieta e Leonardo Nunes com o nome de Martim Afonso.
Pai da índia Bartira, mulher de João Ramalho, de quem era grande amigo e a pedido do qual defendeu os portugueses quando chegaram a São Vicente.
Acompanhou Nóbrega e Anchieta na fundação de São Paulo e estabeleceu-se onde hoje é o Mosteiro de São Bento.
Em 25 de dezembro de 1562, morria este dedicado cacique sendo declarado benfeitor e fundador de São Paulo. Seu corpo foi sepultado na Igreja do Colégio da Companhia de Jesus e encontra-se hoje na cripta da nova catedral de São Paulo.

Fonte: Boletim IHGSV

TIBIRIÇÁ

Nasceu na Aldeia dos Piratiningas (hoje cidade de Santo André) e faleceu em São Paulo em 15-12-1562.

Teberyça, na língua tupi é Maioral ou Vigilância da Terra. Cacique da tribo dos índios guaianases, era irmão dos caciques Caiubi, Piquerobi e Araraí. Convertido ao catolicismo e batizado pelo padre Leonardo Nunes, com a colaboração do irmão José de Anchieta, adotou o nome de Martim Afonso Tibiriçá, em homenagem ao fundador da Vila de São Vicente, de quem era dedicado amigo. Era o chefe de enorme parte da nação indígena estabelecida nos campos de Piratininga, com sede na aldeia de Inhapuambuçu, então localizada em uma colina entre os rios Tamanduateí e Anhangabaú, no atual centro antigo da capital paulista. Sua filha M´bicy, também conhecida como Bartira, casou-se com João Ramalho.

Tibiriçá colaborou na fundação da Aldeia de Piratininga, em 29/8/1553, e com o Colégio dos Jesuítas, em 25/1/1554, estabelecendo-se no local onde se ergue hoje o Mosteiro de São Bento. Participou eficazmente da defesa da vila, que, em 9/7/1562, foi atacada pelos índios tupis, guaianás e carijós, chefiados por seu sobrinho Jagoanharo, filho de Araraí, que havia, pouco antes, como emissário dos tamoios, conversado para que reconsiderasse sua posição a favor dos portugueses e se aliasse aos seus irmãos indígenas. Tibiriçá, no confessionário, contou o fato a Anchieta, e este levou a informação aos chefes portugueses.

No combate que se seguiu, matou o sobrinho com uma espada, quando este vacilou em matá-lo no entrevero. Faleceu a 25/12/1562, depois de longa enfermidade que se complicou após o ataque a São Paulo. Seu corpo foi sepultado na igreja dos jesuítas e o funeral revestido de toda a pompa compatível com os recursos daquela época.

Em carta escrita em 16/4/1563, o irmão José de Anchieta assim se expressou: "Foi enterrado em nossa igreja com muita honra, acompanhando-o todos os cristãos portugueses com a cera de sua confraria. Ficou toda a capitania com grande sentimento de sua morte pela falta que sentem, porque este era o que sustentava todos os outros, conhecendo-se-lhes muito obrigados pelo trabalho que tomou de defender a terra, mais que todos creio que lhe devemos nós os da companhia e por isso determinou dar-lhe em conta não só de benfeitor, mas ainda de fundador e conservador da Casa de Piratininga e de nossas vidas. Fez testamento e faleceu com grandes sinais de piedade e de fé, recomendando a sua mulher e filhos que não deixassem de honrar sempre a verdadeira religião que abraçaram".

Seus restos mortais repousam hoje na cripta da Catedral Metropolitana de São Paulo, na praça da Sé. Em sua homenagem, a rodovia estadual SP-031, ligando Ribeirão Pires a Suzano, foi denominada Índio Tibiriçá, além de ter seu nome em duas ruas da capital, uma na Luz e ao outra no Brooklin Paulista.
http://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=354940


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