A tecnologia falha e por essa razão pode desencadear problemas irreversíveis.
Após a globalização a tecnologia avançou demais em todos os setores; tudo em nome da competitividade, velocidade, e no saber antes. Uma tecnologia quando aparece já é superada por uma atualização ou outro sistema impedindo até que os recursos da primeira sejam esgotados. Algumas pessoas permanecem com a tecnologia inicial que ainda lhe serve bem enquanto outras bem à frente até do mesmo produto, têm a interação dificultada com as anteriores por incompatibilidade. A nova tecnologia é criada, a mídia satura o mercado com a propaganda e os consumistas adquirem. É bem fácil encontrar alguém com o poderio dos recursos mais modernos e saber usar nenhum, mas esse alguém “avançado” tem tecnologia de ponta, e daí, para quê ? Assim como você pega o Windows mais moderno com novos recursos, por outro lado abandona recursos anteriores também úteis; fica difícil a interação.
A pessoa para ter um entretenimento melhor acaba comprando um pacote de TV a cabo que a faz ser uma “contribuinte mensal da operadora" que, por sua vez, volta-e-meia deixa-a na mão por queda de sinal; A TECNOLOGIA FALHA. Atrasa um pouco a mensalidade e é premidada com um baita lembrete por um bom tempo no meio da tela.
Não querendo ser um contribuinte mensal, compra uma antena para canais abertos, mas não assiste ao que quer porque a grade da tal antena não lhe proporciona os canais regionais que deseja, como faziam as parabólicas de antigamente.
Atualmente tudo a ser resolvido ou questionado têm que ser através de um 0800 que é o melhor lugar para não se resolver coisa alguma. Fala-se com uma gravação de Call Center que diz tudo que é gravado lhe conduzindo por opções até ao final e continuar tudo na mesma. Nem todos os problemas estão previstos na gravação. O “Call Center” tem uma voz que atende a todas as ligações. Quando se pronuncia um nome diferente das oferecidas nas opções a gravação diz: Desculpe, mas não entendi ! Você repete e a gravação responde a mesmíssima coisa e assim resolve-se nada porque não há o registro de respostas para todas as perguntas e, para falar com atendente, musiquinha até cair a ligação.
A internet era discada aí surgiu a banda larga que foi superada pelo aumento de Megas com pagamento de valores maiores às operadoras. O pessoal correu para esses maiores megas que também sofreram o congestionamento. Vêm a fibra ótica e todos correm para a fibra ótica que também acaba sendo congestionada. Para quê tanta velocidade ? O dia não deixará de ter 24 horas; será ?
A velocidade é o maior problema. Antigamente tínhamos o trem que era algo que religiosamente saia e chegava no horário. O pessoal teve pressa e passou a se utilizar dos ônibus que por sua vez foram superados pelos automóveis e também em nome da velocidade acabaram congestionando ruas, avenidas e estradas. O sistema viário não acompanha a velocidade do aumento de veículos. Então, quem tem mais pressa optou pelo avião que redundou em congestionamentos dos aeroportos. Conclui-se: a melhoria do transporte, só mesmo quando voltarem os trens e isso vai demorar. Note-se também que com o aumento da temperatura aumentam os temporais, desmoronamentos, demais problemas do gênero como já se viu na região serrana do Rio que, nem helicópteros tiveram acesso a vários lugares que sofreram desastres climáticos sendo a única opção o velho e antigo cavalo.
É muita correria para se acabar de qualquer forma novos empreendimentos a fim de que possa faturar rápido. Com isso, velhas estruturas são alteradas a 3 x 4, novas estruturas subdimensionadas tecnicamente ou de qualidade duvidosa. Assim comparemos o resultado do que foi construído nestas décadas em relação às obras até meados do século passado, como referência.
Os construtores de edifícios querem ganhar tudo que for possível e constroem espigões de "apertamentos" sem a menor preocupação com origem da água necessária, descarga de esgoto, produção de lixo, automóveis a mais na rua e na cidade, pois não há lei que regule isso. Não há contrapartida do construtor para com a cidade.
As pessoas do interior envelhecem e não podem se locomover com facilidade em muitas das cidades onde há subidas e descidas. Mudam-se para a Baixada Santista por ser plana, mais acessível à locomoção e qualidade de vida e, assim vão satisfazendo aos construtores mas, estes, sem a menor responsabilidade com o meio-ambiente e bem estar da sociedade.
Quanto às prefeituras, a única preocupação é quanto mais, melhor, e faturar IPTU.
JSF