São Vicente nasceu formosa e bela, cercada de uma aurora charmosa de donzela apaixonada coberta de véus que ainda hoje deixa confusa sua paternidade, que não se comprovando, decide conforme as últimas pesquisas de renomados historiadores, pela fundação em 1532, pelo fidalgo português Martim Afonso de Sousa, em 22 de Janeiro. Os primeiros tempos da vida de São Vicente, são repletos de dúvidas, de mistérios, de catástrofes, comprovados ou não, que deixaram sempre os fatos situados entre tênue e divisória da História: Fato, verdade ou lenda? Que importa? Como criança sadia, São Vicente faz seu caminho, sua vida, e a cultura do povo vicentino se forma pelas verdades e mentiras de maremoto, assaltos, incêndios, que castigaram sua primeira infância e que, por isso mesmo, deixaram à posteridade os documentos destruídos, e criou o buraco negro do conhecimento, quando, em 1536, o Livro do Tombo foi roubado por saqueadores. Todo relato dos historiadores é feito no condicional: "Martim Afonso teria chegado à enseada (hoje Ilha Porchat - antes Ilha do Mudo), à ponte da fortaleza, na Praia de Paranapuã (antiga Praia das Vacas) e Praia de São Vicente". A formação cultural do povo vicentino começa, portanto, cercada de imprecisões históricas, de lendas e superstições que marcam, ainda hoje, a personalidade de um povo de espírito poético, acostumado a contemplar a exuberante natureza que o cerca e a sonhar com os traços longínquos de uma História meio perdida no mar. Revista Gohayó

Foi um dos pioneiros desbravadores de nossos sertões, o primeiro homem branco que se teve notícias a fazer contato com os temíveis índios Xavantes